Orgulho Ingaense!
Carla Zambelli é presa na Itália
A deputada federal Carla Zambelli foi presta na Italia nesta terça (29).
A Polícia Federal confirmou a informação para a cúpula do governo federal.
O Supremo Tribunal Federal já pediu, em junho, a extradição dela para o Brasil. Caso isso ocorra, ela cumprirá pena em regime fechado no Brasil.
Zambelli fugiu do país para escapar do cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ela foi condenada por participar da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
A congressista entrou na Itália em 5 de junho, pelo aeroporto Fiumicino, em Roma. Ela chegou com um voo dos EUA e passou por controle de passaportes com o documento italiano, por possuir dupla cidadania.
O Ministério da Justiça já está providenciando a documentação para que a Italia seja formalmente informada de que ela precisa cumprir pena no Brasil.
Zambelli foi condenada em maio, por unanimidade, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão foi tomada na sessão virtual do Plenário encerrada à meia-noite desta sexta-feira (16).
E o hacker Walter Delgatti foram condenados na Ação Penal (AP) 2428 pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
A pena fixada para Zambelli foi de 10 anos de prisão em regime inicial fechado e multa no valor de dois mil salários-mínimos. Já Delgatti teve a pena estabelecida em oito anos e três meses de prisão, também em regime inicial fechado, e multa de 480 salários-mínimos.
Portal Correio
Criminosos se passam por policiais, invadem granja e deixam prejuízo de R$ 15 mil em Conde
Quatro homens armados invadiram uma granja na zona rural do município de Conde, na manhã dessa segunda-feira (29). Os criminosos se passaram por policiais e abordaram uma moradora, forçando ela a leva-los para dentro da residência.
Os suspeitos reviraram os cômodos da casa em busca de objetos de valor. Em seguida, ainda invadiram uma propriedade vizinha, onde agrediram duas mulheres e roubaram mais objetos. Antes de fugir, eles ainda rasgaram os pneus dos veículos das vítimas para dificultar qualquer tipo de perseguição.
Segundo os moradores, o prejuízo total foi cerca de R$ 15 mil. Eles também suspeitam que os criminosos agiram com base em informações passadas por pessoas próximas sobre os bens que havia nas residências.
Até o momento, nenhum dos suspeitos foi identificado. A Polícia Civil segue investigando o caso.
Portal Correio
Governo Federal estuda fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas para tirar a CNH
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que o governo federal está avaliando a possibilidade de acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Segundo ele, cerca de 60 milhões de brasileiros têm idade para tirar a carteira de motorista, mas muitos acabam dirigindo de forma irregular. Um dos principais motivos, de acordo com o ministro, é o alto custo do processo, especialmente para a população de baixa renda.
“É caro, trabalhoso e demorado. São coisas que impedem as pessoas de ter carteira de habilitação, por isso estamos defendendo, no Ministério dos Transportes, um projeto transformador para baratear a carteira de motorista à luz da experiência internacional. Há muitos países em que é muito mais barato do que no Brasil. Facilitaria muito a vida do cidadão, do jovem que quer ter a carteira para buscar o primeiro emprego”, falou.
A proposta tem o objetivo de eliminar a carga horária obrigatória em autoescolas, permitindo que o candidato possa se preparar por conta própria e se inscreva diretamente para os exames prático e teórico. Para o ministro, obrigar o cidadão a pagar por aulas é como exigir que um estudante faça cursinho para prestar vestibular em uma universidade pública.
Renan destacou também que a mudança não precisa passar pelo Congresso Nacional, bastando a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele garantiu que as provas seguirão existindo com o mesmo nível de exigência, mas qualquer pessoa poderá se candidatar, mesmo sem ter frequentado uma autoescola.
A expectativa, segundo o ministro, é que a medida reduza custos para os cidadãos e estimule a economia, já que o valor economizado poderá ser direcionado ao consumo, gerando empregos sem necessidade de investimentos diretos do governo.
Portal Correio
BC deve manter juro em 15%, enquanto tarifaço alimenta incertezas
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) realiza, a partir desta terça-feira (29), sua quinta reunião deste ano. Mas, apesar de haver uma quase certeza quanto à decisão que será tomada, o mercado diverge quanto ao que o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil possa significar, no longo prazo, para o trabalho da autoridade monetária.
É consenso no mercado de que será de manutenção a decisão sobre a Selic, que mede os juros básicos do país, a ser divulgada na quarta-feira (30). Em seu último encontro, no mês de junho, o colegiado formado pelos diretores da autarquia elevou a Selic a 15% ao ano.
Qualquer decisão que não seja manter os juros onde estão “seria uma surpresa” para os analistas do JP Morgan, que ressaltam que a expectativa é de o BC cumprir com a sinalização de interrupção do ciclo aperto monetário nesta reunião.
“Com pouquíssimas aparições públicas recentemente, parece que os membros do conselho do BCB estão confortáveis com a mensagem de ‘alto por longo prazo’ que tem prevalecido nas comunicações recentes”, escreveu o banco em relatório.
Em sua última decisão, o Copom ressaltou que deve manter, a fim de levar a inflação à meta de 3%, “uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”.
Se as expectativas do mercado vingarem, a autoridade monetária só deve voltar a derrubar os juros em 18 de março de 2026, na segunda reunião do próximo ano, colocando a Selic em 14,5%, como consta na última apuração do Boletim Focus, atualizado na segunda-feira (28).
Favoravelmente ao BC, “os dados desde a última reunião do Copom foram majoritariamente benignos para as perspectivas de inflação”, segundo relatório da XP.
Leituras do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a alta dos preços no país, em linha ou abaixo das expectativas; deflação no atacado, o que sinaliza uma transmissão da melhora no longo prazo para o cidadão comum; e sinais de desaceleração da atividade doméstica, apesar de ainda sólida, são alguns dos pontos elencados pelos economistas da casa de investimentos.
Resumindo, a XP avalia que “os dados e notícias desde a última reunião devem convencer o Copom de que a política monetária está suficientemente contracionista com a taxa Selic no patamar atual”. Porém, ressalta que “o impacto das tarifas dos EUA também deve ser monitorado pelo Comitê”.
“O impacto direto tende a ser desinflacionário (menor demanda global e maior oferta doméstica). No entanto, i) o real pode se desvalorizar caso a crise se agrave e ii) uma eventual — embora improvável — retaliação do governo brasileiro com alta nas tarifas de importações dos EUA seria inflacionária”, pontua o relatório.
Tarifaço e futuro da política monetária
A CNN apurou que quadros do Banco Central apontam para um efeito limitado das tarifas de Donald Trump na economia brasileira. A alíquota que deve vigorar a partir do dia 1º de agosto é de 50%.
“A efetivação das tarifas recentemente anunciadas pelo governo americano reduz o espaço para uma apreciação da moeda, apesar do ambiente global de dólar fraco. Por outro lado, essas tarifas aumentam a probabilidade de um enfraquecimento mais acelerado da economia. Em termos líquidos, os riscos parecem pesar mais na direção de cortes de juros antecipados”, indica relatório do Itaú.
Servidores da autoridade monetária admitem que o prejuízo aos exportadores deve conter o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em alguns décimos, um choque relevante, mas que não levaria a distorções estruturais. O temor é caso a situação escale.
“Caso o Brasil decida retaliar e aplicar tarifas mais elevadas a produtos e serviços americanos, isto sim seria um movimento potencialmente inflacionário, que poderia forçar o Copom a adotar uma postura mais hawkish [dura, no jargão da política monetária], possivelmente afastando ainda mais o início do corte da Selic”, avalia Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
“Como essa retaliação ainda não é o cenário mais esperado pelos agentes econômicos, por ora, nossa visão é que os efeitos tendem a ser limitados para a reunião desta semana, com no máximo alguma menção a estes riscos no comunicado”, acrescenta.
Leonardo Costa, economista do ASA, considera o tarifaço “a maior incerteza do momento”, defendendo que “o comunicado [do Copom] deve reforçar a necessidade de manter juros altos por um período prolongado, citar atividade resiliente, mas em moderação, e manter o discurso de vigilância, sem abrir espaço para cortes”.
A cena exterior já vinha sendo incluída no radar de incertezas do BC há algum tempo, e apesar do recente afrouxamento dos juros fora do país, “um cenário externo incerto tem um impacto particularmente significativo no Brasil, dado o potencial de tarifas mais altas sobre suas exportações para os EUA”, coloca o Santander em relatório.
Para os analistas do Banco Daycoval, a avaliação do Copom sobre a realidade econômica internacional vai ser o principal ponto a se observar nesta quarta, em especial no que tange a guerra comercial sobre o Brasil.
O JP Morgan aponta que a comunicação do BC deve vir na linha de “destacar a incerteza sobre os eventuais efeitos secundários desse potencial choque em vez de tirar conclusões neste momento”.
Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, ressalta que será necessário cuidado na escrita, uma vez que o Copom corre o risco de soar mais suave quanto à política monetária do que o requerido pelo mercado.
“Caso o Banco Central reconheça de forma mais explícita a desaceleração da atividade, mencione sinais de melhora da inflação corrente e/ou destaque o risco baixista para a inflação decorrente da guerra comercial — via impacto na atividade econômica —, o mercado pode interpretar a comunicação como mais suave do que o pretendido.”
Mais impacto lá do que aqui
O Copom não toma sua decisão sozinho nesta quarta. Acompanhando a autoridade monetária brasileira, o banco central norte-americano, o Federal Reserve.
Assim como o BC, o Fed deve manter seus juros e “caprichar na comunicação”, segundo o professor José Francisco de Lima Gonçalves, da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo), reconhecendo a incerteza sobre os efeitos das novas tarifas sobre inflação e atividade.
Para os Estados Unidos, porém, a situação é mais delicada. “Em suma, nos EUA, a inflação tem viés de piora, ainda que modesta. A atividade dá sinais de recuperação depois da instabilidade dos primeiros meses do ano. Mas, assim como a confiança do consumidor, nada convincente”, pontua Gonçalves.
Com informações de Danilo Moliterno, da CNN
CNN Brasil
Caso de brasileira acusada de raptar filhas na Irlanda tem reviravolta
A brasileira Raquel Canterelli morava naIrlanda com o ex-companheiro, irlandês, com quem teve duas filhas, Júlia e Isabella, passou de um momento em que ela perdeu a guarda das meninas para, em reviravolta, ter a chance de recuperá-la. Tudo começou em 2019: Raquel teve seus documentos tomados pelo ex-marido, que a proibia de deixar a casa onde moravam no interior do país. Na mesma época, ele começou a abusar sexualmente da filha mais nova de Raquel, de menos de dois anos.
Quando conseguiu retornar ao Brasil, em 2023, Raquel teve as filhas levadas de sua casa, no Rio de Janeiro. Segundo ela, as meninas foram levadas apenas com “a roupa do corpo”. Ela não vê as filhas há dois anos. Desde que foram levadas para a Irlanda e deixadas sob os cuidados do pai, tudo mudou.
“Fui surpreendida na minha casa com a Polícia Federal armada com fuzis. Entraram, pegaram minhas filhas e levaram embora […] Desde então, não tenho nenhum acesso a elas”, contou a brasileira em entrevista à BBC News Brasil.
A Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão das filhas da brasileira, que, segundo ela, foi “traumática, cruel e desumana”. A ação ocorreu após uma decisão da Justiça que determinou o retorno das crianças à Irlanda, onde viviam com o pai.
Neste ano, porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que as crianças devem ser devolvidas ao Brasil. O caso transitou em julgado em junho de 2025. Apesar da conclusão do processo, o retorno das crianças ainda depende das autoridades irlandesas.
A EQUIPE ITACOATIARA RUN DE INGÁ/PB, RECEPCIONA EQUIPES DE CORRIDA DE RUA DE OUTRAS CIDADES.
No último domingo (27), o município de Ingá, mas, precisamente no Distrito de Pontina, recepcionou equipes de corrida de rua de outras cidades, Gurinhém, Caldas Brandão (Cajá) e João Pessoa, liderada pelo atleta MACIEL (EQUIPE SUPERAÇÃO). Foi um momento de alegria, descontração, e, também, conhecer um pouco da História de Ingá.com a recepção tivemos uma caminhada e trilha ecológica, visitando a zona rural, apreciando a natureza, e chegando ao final do percurso, ou seja, encerando essa visitação no cruzeiro de Pontina. Os visitantes, vindos dos lugares distintos, foram acolhidos com entusiasmo e puderam conhecer de perto os encantos naturais, culturais e históricos da cidade.
O roteiro da visita passou por pontos importantes que representam a identidade e a riqueza do patrimônio ingaense. Durante o passeio, os atletas tiveram a oportunidade de vivenciar experiências únicas, com destaque para a troca informações com a comunidade local e a imersão na história do município.
A iniciativa marca o início de uma nova etapa para o desenvolvimento da atividade física, no que se refere ao atletismo ingaense, representado pelo professor JEOVÁ CLAUDINO DO NASCIMENTO, com foco na valorização das tradições, na preservação do patrimônio e na criação de novas oportunidades de desbravar o turismo local.

Tal desempenho é fruto de um trabalho contínuo e bem executado pelo professor JEOVÁ CLAUDINO DO NASCIMENTO, que, com simplicidade, humildade e eficácia, tem contribuído para o destaque da equipe no cenário do atletismo em Ingá.
A equipe agradece primeiramente a Deus e ao apoio do secretário de transportes de Ingá, Tiago, ao prefeito Jan, além do Blog Ingá Cidadão e de todos que contribuíram direta ou indiretamente para essa vitória. Bem como a todos os meios de comunicaçãoque contribuíram para o sucesso da equipe. Colegas, amigos, familiares e todos aqueles que de alguma forma incentivaram e apoiaram a equipe. Esteresultado é o fruto de um trabalho árduo incentivado pelo professor JEOVÁ CLAUDINO DO NASCIMENTO, visando não apenas o sucesso esportivo, mas também a promoção da saúde e uma melhor qualidade de vida.
Ingá Cidadão com Assessoria
VÍDEO: fogo atinge cabelo de backing vocal da Limão com Mel em show
Uma backing vocal da banda Limão com Mel teve o cabelo atingido por chamas, durante uma apresentação no Festival Pernambuco Meu País, em Salgueiro (PE). Como observou o ClickPB, chamas atingiram os cabelos de Nathy Souza enquanto ela se apresentava com a paraibana Adma Andrade e com Edson Lima, ambos vocalistas da Limão.
Vídeos, entre eles o da transmissão do evento, registram o momento em que as chamas alcançam a artista. No mesmo momento, membros da equipe e da própria banda correram para ajudá-la, conseguindo retirar Nathy do palco rapidamente.
Edson Lima continua a apresentação, porém minutos depois Adma Andrade interrompeu o show para tranquilizar o público, informando que a colega estava bem e havia recebido atendimento dos bombeiros que acompanhavam o evento.
“Aconteceu um pequeno incidente com a nossa backing. Em respeito a ela e a vocês, que presenciaram, quero dizer que está tudo bem. Os bombeiros prestaram atendimento, não foi nada grave, apenas um grande susto. Graças a Deus está tudo bem. Vamos seguir com o nosso show!”, disse Adma.
ClickPB
Site do “job” é condenado por expôr foto de mulher sem autorização
Uma plataforma on-line foi condenada a indenizar, por danos morais, uma mulher em R$ 20 mil, devido à publicação de sua foto em um site de acompanhantes.
Segundo a vítima, em 29 de novembro de 2023, wla soube da publicação de sua foto em um site de acompanhantes, sem sua autorização. Entrou em contato com o site e solicitou a remoção do conteúdo. Seu pedido foi aceito, o que resultou na retirada da foto.
Entretanto, no dia 22 de dezembro do mesmo ano, sua imagem foi republicada no site outra vez. Nesse contexto, ela alegou ter sofrido dano à sua honra, pela imagem publicada em um site de acompanhantes e, também, à sua privacidade, pois tal ato foi realizado sem autorização.
Em sua defesa, a plataforma argumentou que, como provedora de conteúdo, só seria obrigada a retirar fotos do ambiente em caso de ordem judicial expressa, o que não aconteceu.
O site acrescentou que chegou a retirar, de boa-fé, o conteúdo a pedido da própria mulher. Além disso, alegou que tal publicação não gerou danos passíveis de reparação.
Os argumentos apresnetados não convenceram o juízo de 1ª Instância, que fixou em R$ 20 mil o valor da indenização por danos morais.
Diante dessa decisão, a plataforma recorreu. O relator, desembargador Sérgio André da Fonseca Xavier, manteve a sentença. O magistrado fundamentou que a plataforma, de forma administrativa, reconheceu a veracidade das alegações da autora, retirando temporariamente o conteúdo ofensivo.
Contudo, as imagens voltaram a ser exibidas, presumindo-se reincidência ou falha na exclusão definitiva, o que caracteriza “omissão relevante”. Nesse sentido, o magistrado enfatizou a importância do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) e concluiu que “ao anuir com a exclusão das imagens extrajudicialmente, reconheceu-se o dever de retirá-las, restando evidente sua omissão posterior.
A utilização não autorizada da imagem da autora em site de acompanhantes configura violação grave aos direitos da personalidade”.
A decisão foi mantida pela 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Os desembargadores Habib Felippe Jabour e Eveline Felix votaram de acordo com o relator.
O processo tramita em segredo de justiça.
Metrópoles
Trump reduz prazo para Putin aceitar trégua na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda (28) ter decidido reduzir o prazo de 50 dias dado a Vladimir Putin para que o líder russo aceite um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia. O republicano não revelou, contudo, qual seria a nova data.
Pelo ultimato inicial do americano, que reverteu sua política de aproximação com a Rússia para tentar pôr fim ao pior conflito em solo europeu desde 1945, feito em 14 de julho, o prazo acabaria em 1º de setembro.
“Eu estou desapontado com o presidente Putin. Eu vou reduzir aqueles 50 dias que dei a ele para um número menor”, afirmou Trump durante encontro com o premiê britânico, Keir Starmer. A reunião ocorreu na sede do campo de golfe do americano na Escócia.
A frustração do americano vinha sendo telegrafada havia meses, mas ele manteve interlocução direta com o russo. Putin não se manifestou diretamente sobre o ultimato até aqui, mas o Kremlin e o Ministério das Relações Exteriores negaram aceitar pressão externa.
Ao mesmo tempo, na semana passada houve mais uma rodada de negociações com os ucranianos, a terceira desde que Trump voltou ao poder e a primeira depois do ultimato. Não que ela tenha dado em algo além da promessa de continuidade e anúncio de troca de prisioneiros.
Ambos os lados seguem com posições opostas, colocadas já no papel. Moscou quer concessões diversas da Ucrânia, a começar por cerca de 20% de seu território, para daí parar a guerra. Já Kiev as nega, e exige cessar-fogo para daí colocar o presidente Volodimir Zelenski frente a frente com Putin para negociar, o Kremlin descarta.
Trump diz que, se Putin não para a guerra que começou em 2022, irá aplicar novas sanções à Rússia. Além de algo simbólico no tênue comércio bilateral, ele ameaça uma medida mais robusta, que seria a aplicação de tarifas extras sobre países que compram petróleo e derivados russos algo que atingiria China, Índia e Brasil, parceiros de Moscou no Brics.
Ataque hacker causa caos aéreo
Enquanto o impasse se desenvolve, a guerra seguiu com uma nova faceta nesta segunda. Dois grupos de ativistas digitais pró-Ucrânia atacaram a maior empresa aérea russa, a estatal Aeroflot.
Segundo comunicado atribuído ao Corvo Silencioso, o coletivo misterioso que autoridades russas suspeitam operar dentro do país, 7.000 servidores foram comprometidos e todos os computadores de funcionários com nível de gerência, invadidos.
]A Aeroflot não confirmou a extensão do dano, que o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse ser alarmante. Foram de todo modo cancelados cerca de 50 voos da empresa, que apesar das sanções ocidentais segue entre as 20 maiores do mundo em transporte de passageiros, com cerca de 55 milhões transportados em 2024.
Nas telas hackeadas pelo Corvo Silencioso em parceria com os belarrussos do Cyberpartisans BY, foi deixado o comunicado e as frases: “Glória à Ucrânia! Longa vida à Belarus”. A ditadura de Minsk é uma cliente de Putin, e permite o uso de seu solo e espaço aéreo para ações contra os ucranianos pelos russos.
No passado, o Corvo Silencioso vazou dados de empresas russas e do governo de Moscou. “A ameaça hacker continua para todas as grandes empresas que provêm serviços para a população”, disse Peskov.
O Comitê Investigativo Russo, órgão que lida com crimes mais sérios, abriu uma investigação por ciberterrorismo. Nas ocasiões anteriores, não conseguiu chegar aos perpetradores.
Nos aeroportos russos, houve caos, devido ao efeito cascata dos cancelamentos em meio à alta temporada de turismo doméstico. Eles já são uma constante devido aos ataques com drones de longo alcance da Ucrânia.
Até aqui, houve um incidente grave na Rússia decorrente deles, quando as defesas antiaéreas de Grozni (Tchetchênia) atingiram por engano um avião de passageiros do Azerbaijão, que acabou caindo, matando 38 dos seus 67 ocupantes.
Já no campo mais convencional do combate, a Rússia lançou nesta segunda mais um mega-ataque aéreo contra os ucranianos. Foram lançados 324 drones, 309 dos quais foram abatidos segundo Kiev, e 7 mísseis, 2 dos quais acabaram atingidos pelas defesas.
Foi mais um ataque complexo, em ondas com iscas e drones atuando em altitudes diversas. Foram empregados três mísseis hipersônicos Kinjal, que Kiev afirma não terem atingido alvos, ao contrário do que diz Moscou. Na capital ucraniana, houve ao menos oito feridos.
Portal Correio




