Foi preso na Bahia, nesta terça-feira, 26 de agosto, o homem suspeito no caso de desaparecimento de um casal de idosos em Sapé, na Zona da Mata paraibana. Os dois desapareceram após a negociação de venda de uma casa deles.

O homem detido é apontado por se passar por corretor de imóveis para efetuar a operação imobiliária. Segundo o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis 21ª Região (Creci-PB), ele não possui registro profissional e pode ser enquadrado por “exercício ilegal da profissão, conduta tipificada como contravenção penal, conforme o art. 47 do Decreto-Lei nº 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais).” O Creci-PB disse (confira nota completa abaixo) estar adotando as medidas legais cabíveis.

O casal de idosos desapareceu desde o dia 18 de agosto em Sapé. O filho do casal, que tem autismo, foi encontrado ferido e relatou ter sido levado para um canavial onde foi espancado em uma tentativa de assassinato. A suspeita é de que o falso corretor de imóveis, identificado inicialmente como Ailton, tenha contratado um homem para matar o jovem para que ele ficasse com o pagamento pela venda do imóvel do casal.

Até a tarde desta terça-feira, ainda não havia informações sobre a localização do casal. Dessa forma, o caso é ainda investigado como desaparecimento.

Segundo informações preliminares, um comprador repassou uma caminhonete como parcela de entrada pelo imóvel. Essa caminhonete e o veículo usado para levar o jovem ferido ao canavial foram apreendidos pela Polícia Civil para o andamento das investigações. Um primeiro suspeito, apontado pela tentativa de homicídio contra o filho do casal, já está preso.

O Disque Denúncia da Polícia Civil atende pelo número 197 e a população pode passar informações de forma anônima e sob sigilo para ajudar nas investigações.

Nota do Creci-PB sobre o caso

ClickPB

A Penitenciária Desembargador Flóscolo da Nóbrega, na Paraíba (PB), para onde o influenciador Hytalo Santos (foto em destaque) e o marido dele, Israel Natã Vicente, serão transferidos, foi alvo de recomendação de fechamento em 2011.

À época, um relatório emitido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descreveu que foi constatado, durante visita, que no Pavilhão 4 do presídio, o chão do corredor estava coberto por restos de comida, o que acabou gerando uma enorme concentração de moscas, que infestaram o espaço entre as celas.

Com capacidade para abrigar 400 pessoas, o local abrigava mais de mil pessoas naquele ano, número que voltou a se repetir em 2022. Dentro dos espaços criados para abrigar 12 pessoas, no máximo, havia cerca de 30 pessoas.

Rebeliões

Além do histórico negativo em relação à estrutura. O presídio também é lembrado como palco de diversas rebeliões.

Em 2009, pelo menos cinco presos morreram carbonizados durante uma rebelião.

Em 2017, um tumulto iniciado pelos custodiados terminou com objetos incendiados e dois presos feridos.

A penitenciária

A prisão é considerada a maior da região e, segundo um estudo inédito realizado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em 2022, contava com 1.054 internos, ainda que a estrutura tenha sido projetada para apenas 470.

O local dispõe de celas especiais para pessoas LGBTQIA+ e, em 2020, abrigava 22 pessoas.

De acordo com o Ministério da Mulher, trata-se de uma ampla sala onde as camas ficam dispostas lado a lado.

As pessoas LGBTQIA+ que mantêm relacionamentos entre si não ficam alocados na mesma cela.

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