O presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Deusdete Queiroga, comentou em entrevista ao programa Rede Verdade desta quarta (23), que o empréstimo que a empresa necessita vai servir para alongar o perfil da dívida da Cagepa.De acordo com Queiroga, houve um aumento do endividamento desde janeiro de 2011 que foi quando ele assumiu o comando da empresa, contudo, o presidente explicou que já existia um déficit mensal d R$ 5 mil a R$ 6 mil e que para sanar esse problema a companhia contraiu um empréstimo de R$ 30 milhões com a Caixa Econômica Federal (CEF).
O presidente garantiu que grande parte do débito da Cagepa vem de cinco anos atrás e responsabilizou os governo de Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão III (PMDB). “Praticamente meio a meio é o que soma esse endividamento”, diz.
Queiroga comentou que a dívida atual da empresa, incluindo a bancos como a Caixa Econômica Federal e o BNDES chega a R$ 190 milhões. O presidente comentou que o valor da ordem do novo empréstimo é de R$ 120 milhões apesar de o aval ser de R$ 150 milhões. Ele comentou que essa operação vai possibilitar que a dívida com quatro ou cinco bancos seja liquidadas.
“A Cagepa deve pagar mensalmente em torno de R$ 6 milhões e com esse empréstimo vamos liquidar junto a esses bancos e nos sobrará mensalmente em torno de R$ 6 milhões que vai ser suficiente para equilibrar as finanças”, diz. O presidente ainda explicou que o empréstimo tem dois anos de carência e que é o tempo preciso para a Cagepa precisa para se reestruturar para então pagar as parcelas.
De acordo com o presidente, a empresa arrecada em torno de R$ 36 milhões por mês e tem uma despesa de aproximadamente R$ 42 milhões em despesas. Ele apontou que grande parte dessa despesa é com pessoal, energia elétrica, parcelamento de impostos junto à Receita Federal e financiamentos bancários. “Com esses R$ 120 milhões conseguimos reduzir em R$ 6 milhões por mês e equilibrar a empresa”, destaca.
Queiroga explicou que ao longo dos meses, a Cagepa vai reduzir ainda mais as despesas, aumentar a receita e se reestruturar melhor para daqui a dois anos começar a pagar esse financiamento que está sendo tomado agora. Fonte: Paraíba.com.
