sábado, outubro 5, 2024
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Bebida açucarada aumenta risco de doença cardíaca em homens.

Homens que consumiram cerca de 355ml de bebidas adoçadas com açúcar por dia apresentaram um risco 20% maior de doença cardíaca, comparados com outros que preteriram este tipo de bebida, de acordo com uma pesquisa publicada na “Circulation”, uma revista da Associação Americana do Coração.– Este estudo se soma à crescente evidência de que bebidas açucaradas são prejudiciais para a saúde cardiovascular – disse Frank B. Hu, coordenador do estudo e professor de nutrição e epidemiologia da Escola de Saúde Pública de Harvard em Boston, Massachusetts. – Certamente, a pesquisa oferece uma forte justificativa para reduzir o consumo de bebidas com açúcar entre pacientes e, mais importante, entre a população em geral.

Doenças cardíacas são as principais causas de morte nos Estados Unidos. Fatores de risco incluem obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e uma dieta ruim. Os pesquisadores, que analisaram 42.883 homens, descobriram que o maior risco continuou mesmo depois do controle para fatores de risco, incluindo tabagismo, sedentarismo, uso de álcool e histórico familiar de doença cardíaca. Consumo menos frequente – duas vezes por semana e duas vezes ao mês – não aumentou o risco.

Os cientistas também mediram diferentes lipídios e proteínas no sangue, que são indicadores, ou biomarcadores, para doença cardíaca. Isso inclui o marcador de inflamação proteína C-reativa (CRP), lipídios prejudiciais chamados de triglicerídeos e gorduras boas chamadas de lipoproteínas de alta densidade (HDL).

Comparados a quem não consumia este tipo de bebida, seus consumidores diários apresentaram taxas mais altas de triglicerídeos e PCR, e os níveis mais baixos de HDL.

Bebidas artificialmente adoçadas não mostraram relação com o maior risco ou biomarcadores para doenças cardíacas neste estudo.

A pesquisa começou em janeiro de 1986 e, a cada dois anos, até dezembro de 2008, os participantes do estudo responderam a questionários sobre dieta e outros hábitos de saúde. Eles também forneceram uma amostra de sangue. O acompanhamento durou 22 anos. Os participantes eram principalmente homens caucasianos com idade entre 40 e 75 anos de idade.

O Globo.

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